O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a mobilização de militares e policiais em todo o país a partir da noite desta terça-feira (7), enquanto denuncia planos para impedir sua posse para um terceiro mandato no dia 10 de janeiro.
Maduro ativou o Órgão de Defesa Integral da Venezuela (ODI), composto por "todo o poder político da Venezuela, o poder popular, a Força Armada Nacional Bolivariana, a Milícia Nacional Bolivariana como componente especial e todas as forças policiais", disse o mandatário durante um ato em frente ao palácio presidencial, nesta terça.
Em julho, ele foi proclamado para um terceiro mandato consecutivo de seis anos em meio a denúncias de fraude por parte da oposição, que reivindica o triunfo de seu candidato, Edmundo González Urrutia.
— Procedo constitucionalmente a ativar pela primeira vez as ODI em defesa da paz, da estabilidade e da família venezuelana — disse o Maduro.
A medida, segundo ele, é para garantir "o que será a vitória exemplar da paz da Venezuela nos dias que estão por vir".
Durante o ato, ele anunciou a captura de sete "mercenários" estrangeiros, entre eles dois cidadãos americanos, três ucranianos e dois colombianos.
Estas novas detenções se somam às prisões realizadas entre novembro e dezembro, segundo versões oficiais, de outros 125 "mercenários" de 25 nacionalidades que o governo venezuelano vincula a planos "terroristas" em meio à crise que eclodiu após as eleições de 28 de julho do ano passado.
As denúncias de complôs são frequentes e, às vésperas da posse presidencial, Maduro acusa González Urrutia e a líder da oposição María Corina Machado de incentivarem supostos planos de desestabilização.