
O parlamento ucraniano aprovou nesta quarta-feira (23), por ampla maioria, a declaração do estado de emergência nacional, diante da ameaça de uma invasão russa. A medida tem início na quinta-feira (24) e vigência de 30 dias.
A ação, proposta pelo presidente Volodimir Zelensky, foi votada horas depois de a Rússia iniciar a evacuação de seu pessoal diplomático em Kiev e de os Estados Unidos alertarem para o risco de uma ofensiva geral da Rússia contra a ex-república soviética.
— A situação é difícil, mas permanece sob nosso controle — assegurou antes de votar o secretário ucraniano de Segurança e Defesa, Oleksiy Danilov.
O estado de emergência permite às autoridades reforçar as medidas de segurança, impondo, por exemplo, controles de identidade mais estritos, além de impor restrições à circulação, bloquear comícios e proibir partidos e organizações políticas "no interesse da segurança nacional e da ordem pública".
Vigorará em todo o território, com exceção das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste, reconhecidas na segunda-feira (21) como repúblicas independentes pelo presidente russo, Vladimir Putin.
As potências ocidentais avaliam que a Rússia, que concentrou 150 mil militares em sua fronteira com a Ucrânia, poderia lançar uma ofensiva militar contra todo o país.