Mais de um milhão de habitantes da cidade de Yuzhou, no centro da China, foram confinados em suas casas nesta terça-feira (4) após a detecção de três casos do coronavírus nos últimos dias. A medida ocorre a um mês dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, apesar de os surtos, embora pequenos em magnitude, sejam cada vez mais frequentes.
Em um comunicado publicado na segunda-feira (3), a cidade, de 1,17 milhão de habitantes na província de Henan (centro da China), pediu a todas as comunidades de vizinhos a instalarem "sentinelas e portas para implementar estritamente as medidas de prevenção e controle epidêmico". As autoridades já tinham anunciado que paralisariam os serviços de ônibus e táxis e fechariam centros comerciais, museus e atrações turísticas.
Após superar no primeiro semestre de 2020 a primeira onda da pandemia originada na cidade de Wuhan, a China adotou uma estratégia de tolerância zero com o vírus, tentando erradicá-lo completamente de seu território com estritos controles fronteiriços e medidas drásticas diante de qualquer surto.
Nesta terça-feira, a China registrou 175 novos casos, cinco deles na província de Henan e outros oito em um surto na cidade oriental de Ningbo. Além disso, foram detectados 95 novos casos na cidade de Xi'an, cujos 13 milhões de habitantes estão confinados há quase duas semanas. Esta cidade histórica registrou mais de 1,6 mil casos desde 9 de dezembro.
Dois altos funcionários do Partido Comunista desta cidade foram demitidos dos cargos por "rigor insuficiente em prevenir e controlar o surto". Este tipo de punição leva as autoridades locais a serem inclusive mais precavidas na hora de adotar duras medidas contra a covid-19.