Pela primeira vez em duas semanas, Israel voltou a bombardear alvos do movimento islâmico Hamas na Faixa de Gaza. O ataque ocorreu nesta sexta-feira (2) em retaliação ao lançamento de balões incendiários contra seu território na noite de quinta-feira. Não houve, por enquanto, relatos de vítimas em nenhuma das ocasiões.
Em comunicado, o Exército informou que aviões de guerra destruíram um "local de fabricação de armas" no enclave palestino. A justificativa, segundo um porta-voz militar, é que o local seria usado pelo Hamas para pesquisar e desenvolver novos tipos de armamento. O texto reforçou que a ofensiva foi realizada "em resposta ao lançamento de balões contra o território israelense", algo que já havia desencadeado bombardeios em meados de junho.
Na quinta-feira (1), esses balões, lançados por militantes palestinos em Gaza, causaram quatro incêndios em comunidades de Israel, segundo informou a imprensa local. As chamas não causaram danos graves e foram rapidamente controladas. Com isso, os palestinos alegam que pretendem pressionar Israel a reduzir restrições impostas a Gaza, reforçadas durante o conflito de maio.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, chamou os ataques israelenses de "reação ostensiva", e disse que o movimento islamista está forçando o Estado judeu a "respeitar os direitos do povo palestino e retroceder em suas posições injustas".
Após os ataques, o Egito e as Nações Unidas intensificaram os esforços de mediação, embora ainda não seja possível afirmar se esses eventos levarão a uma escalada mais ampla.
Os incidentes quebram a calma que prevalecia na área desde 17 de junho, última vez em que o frágil cessar-fogo entre judeus e palestinos havia minguado. Embora o bombardeio desta sexta ocorra em um momento de relativa trégua, a escalada de violência ocorrida em maio ainda é sentida na região. O conflito, que foi o mais sangrento desde a guerra de 2014, durou onze dias e deixou 255 mortos entre os palestinos e 13 em Israel.