As vacinas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford seriam quase tão eficazes contra a variante indiana do novo coronavírus quanto em relação à inglesa, afirma um estudo da agência pública de saúde da Inglaterra (PHE) divulgado neste sábado.
Segundo a pesquisa da PHE, feita entre 5 de abril e 16 de maio, a vacina Pfizer/BioNTech mostrou-se 88% eficaz contra a forma sintomática da variante indiana duas semanas após a segunda dose e 93% em relação à inglesa. Nesse mesmo intervalo, a vacina AstraZeneca apresentou uma eficácia de 60% contra a indiana e 66% contra a inglesa, identificada em Kent.
O trabalho, no entanto, ainda não foi revisado por outros cientistas nem foi publicado em revista científica.
Bons resultados já haviam sido coletados depois da primeira dose. As duas vacinas apresentaram 33% de eficácia contra a forma sintomática da variante indiana três semanas após a primeira dose e cerca de 50% contra a variante inglesa, segundo a PHE.
A agência informou que foram registrados 2.889 casos da variante indiana na Inglaterra entre 1º de fevereiro e 18 de maio, seis deles fatais.
O ministro da Saúde, Matt Hancock, chamou os resultados de "inovadores". O governo aposta na campanha de vacinação para se proteger do surto da variante indiana, que ameaça seu plano de desconfinamento.
Para conter a propagação da variante B.1.617.2, que pode se converter em dominante, segundo autoridades sanitárias, o intervalo entre as doses foi reduzido de até três meses para oito semanas, para os maiores de 50 anos e os mais vulneráveis. Também foram intensificados os testes nas regiões afetadas, principalmente no noroeste da Inglaterra e em partes de Londres.