Trinta e oito dias depois de as projeções indicarem que a vitória do candidato democrata Joe Biden era irreversível, o presidente da República Jair Bolsonaro o reconheceu como vencedor das eleições norte-americanas.
A apuração foi marcada por acusações de fraude por parte do presidente Donald Trump, que é aliado de Bolsonaro e entrou na Justiça várias vezes para tentar alterar o resultado do pleito. Sem provas de qualquer irregularidade, o Colégio Eleitoral ratificou Biden como presidente eleito dos Estados Unidos na segunda-feira (14). O Brasil foi um dos últimos países a reconhecer a vitória do democrata.
"Saudações ao Presidente @JoeBiden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'. Estarei pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos", escreveu Bolsonaro nas suas redes sociais.
Em entrevista ao programa de José Luiz Datena, na TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que espera uma relação "pragmática" com Biden.
— Eu já dei um start para o ministro Ernesto Araújo para ele reconhecer nas redes oficiais do governo. Da minha parte, e da dele com toda certeza, o americano é pragmático, nós vamos fazer um trabalho de aproximação. (...) Os delegados reconheceram que ele foi eleito e eu não vou mais discutir se houve uma eleição tranquila lá. Esperei, houve o reconhecimento e nós fizemos o comunicado ao presidente Joe Biden — disse Bolsonaro, no programa.
Joe Biden foi eleito por 306 delegados do Colégio Eleitoral norte-americano na segunda-feira (14). Ele precisava de 270 votos. A ratificação está de acordo com o que era esperado desde a votação popular de 3 de novembro.