O Senado americano, controlado pelos Republicanos, confirmou nesta segunda-feira (26) a juíza conservadora Amy Coney Barrett como ministra da Suprema Corte. A magistrada foi indicada pelo presidente Donald Trump após a morte de Ruth Bader Ginsburg, e a aprovação é considerada uma vitória para o chefe do Executivo a oito dias das eleições nos Estados Unidos.
A Câmara alta do Congresso americano aprovou a indicação por 52 votos a 48. Barrett, uma católica fervorosa contrária ao aborto, mudará a configuração do tribunal, que a partir de agora terá seis juízes considerados conservadores entre os nove que o compõe, três deles nomeados pelo presidente republicano. Os demais três são considerados progressistas.
A magistrada poderá participar de sua primeira audiência na Suprema Corte, a partir de 2 de novembro, na véspera das eleições presidenciais. Isso permitirá a sua atuação caso se examinem possíveis apelações contra os resultados no pleito, o que é considerada uma tendência por analistas políticos caso Trump perca a eleição para o democrata Joe Biden.
Assim como no Brasil, nos Estados Unidos a Suprema Corte delibera sobre temas sociais, do aborto ao porte de armas, passando pelos direitos das minorias sexuais. Durante a audiência de confirmação, a juíza Barrett tomou o cuidado de não revelar seus pontos de vista sobre estes temas delicados.
Trump fez questão de receber a juíza na Casa Branca para manifestar sua alegria com a indicação:
— É um dia transcendental para os Estados Unidos, para a constituição norte-americana e para um Estado de direito justo e imparcial.