A juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg, ícone da luta pelos direitos civis e das mulheres, morreu aos 87 anos de idade nesta sexta-feira (18), após uma longa batalha contra um câncer de pâncreas. Ginsburg morreu "esta noite rodeada por sua família em sua casa em Washington, D.C.", informou a Suprema Corte dos EUA em comunicado.
Desde o início da carreira, a trajetória de Ginsburg, ou RBG, como ficou conhecida no país, esteve ligada ao fim da discriminação contra mulheres. Ela foi a segunda mulher a ocupar uma das nove cadeiras no mais alto tribunal dos EUA, em Washington, nomeada pelo democrata Bill Clinton. Antes, Ruth Bader Ginsburg liderou a luta pelos direitos femininos na ACLU, associação de direitos civis no país, para derrubar legislações que discriminam mulheres com base em gênero.
Nos últimos anos, RBG atraía atenções de uma popstar no país, símbolo do feminismo. Ela teve a vida e carreira retratadas em um documentário e um filme e lotava auditórios com uma legião de mulheres, advogadas, estudantes e ativistas. O rosto de RBG estampa camisetas e artigos de lojas feministas nos EUA.
Possibilidade de Trump escolher substituto
Em um declaração ditada à sua neta, Clara Serpa, dias antes de morrer, Ruth Bader Ginsburg afirmou: "Meu desejo mais fervoroso é que eu não seja substituída antes que um novo presidente seja eleito". Agora, o presidente Donald Trump poderá nomear mais um juiz ao tribunal, que já tem composição conservadora.
Segundo o líder do Senado, Mitch McConnell, o plano é que o escolhido por Trump seja votado na casa legislativa.