A embaixada americana em Moscou, na Rússia, pediu nesta terça-feira (25) às autoridades do país para que realizem uma "investigação imediata" sobre o suposto envenenamento do líder da oposição russa Alexei Navalny, que se encontra hospitalizado e em coma na Alemanha, após ter sido transferido.
A tese de envenenamento apresentada pelos médicos alemães que avaliaram seu caso "torna necessária uma investigação imediata, completa e transparente por parte das autoridades russas", declarou o embaixador dos Estados Unidos em Moscou, John Sullivan, mencionado no Twitter por sua porta-voz, Rebecca Ross.
Sullivan também pediu "a exigência da responsabilização dos encarregados por esse ato", afirmou a porta-voz.
O número dois da diplomacia americana, Stephen Biegun, em visita a Moscou nesta terça-feira, também se declarou "profundamente preocupado" com a saúde de Navalny e com o "impacto na sociedade civil russa" desse possível envenenamento.
Navalny viajava de Tomsk, na Sibéria, a Moscou em um avião que precisou fazer um pouso de emergência quando o líder opositor passou mal na última quinta-feira (20).
O líder opositor, um advogado de 44 anos, conhecido por suas campanhas anticorrupção contra altos funcionários e por suas críticas abertas ao presidente russo Vladimir Putin, já foi vítima de vários ataques físicos. Em 2017, sofreu queimaduras químicas em um olho quando alguns homens jogaram um líquido verde usado como desinfetante em seu rosto.