O aumento nos casos de coronavírus nos Estados Unidos alimentou novos pedidos de seguro-desemprego. Os números chegaram a 1,4 milhão na semana passada, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (23).
"Na semana que terminou em 18 de julho, o número provisório de pedidos iniciais foi de 1,4 milhão, um aumento de 109 mil em relação aos dados revisados da semana anterior", afirmou o Departamento em um comunicado. Esses números surpreenderam os analistas, que esperavam uma queda que chegaria a 1,285 milhão.
Esta é a primeira vez desde abril — quando os números começaram a se endireitar após a onda de demissões em março, devido ao início do confinamento — que o indicador de desemprego sobe semana a semana. Na última semana de março, foi registrado um recorde de 6,6 milhões de solicitações semanais.
O aumento de casos de coronavírus em várias áreas do país — que é o mais afetado pela pandemia — levou ao fechamento de estabelecimentos comerciais, pela segunda vez, na tentativa de conter as infecções. Os Estados Unidos contabilizam mais de 143.190 óbitos, e teve 64 mil novos casos nas últimas 24 horas, segundo a Universidade Johns Hopkins.
"A mensagem geral é que uma economia capaz de se recuperar está estagnada pelas preocupações de saúde", alertou no Twitter o principal assessor econômico da Allianz, Mohamed A. El-Erian.
Essa alta nos pedidos de seguro-desemprego acontece no momento em que se aproxima o fim a ajuda adicional de US$ 600 por semana para os desempregados, e o Congresso negocia um novo plano de ajuda.