Os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos registraram novo recorde na semana passada, com 6,6 milhões de novas solicitações. Os números são do Departamento do Trabalho do país e foram divulgados nesta quinta-feira (2).
Estes dados sobre a semana encerrada em 28 de março representam o dobro do mesmo período anterior, que registrou 3,3 milhões de novas solicitações de seguro-desemprego, o que já era um recorde histórico.
Os Estados Unidos se tornaram, também nesta quinta, o país com maior número de mortes por coronavírus em um só dia. O país registrou 1.169 óbitos em 24 horas.
Em meio à crise, cidades vibrantes se tornaram lugares fantasmas com empresas fechadas e ruas vazias. As únicas empresas abertas são comércios de alimentos e hospitais.
Os primeiros números, divulgados desde que as medidas de restrições e confinamento se tornaram mais gerais e severas no país, revelam a magnitude da crise atual e um crescente dano à economia americana.
"Quase cada estado (que informou seus números de pedidos de seguro-desemprego) incluiu comentários que citavam a COVID-19", indicou o relatório, que mostra impactos mais acentuados em setores como hotelaria, mas também na atividade industrial e no comércio varejista.
Em busca da reeleição, o governo de Donald Trump - que há meses vinha celebrando o baixo índice de desemprego em sua gestão - aprovou na semana passada um megapacote de resgate econômico de US$ 2 trilhões.
Esta iniciativa é a maior intervenção econômica federal da história dos Estados Unidos e inclui uma importante expansão dos benefícios por desemprego para amortizar o golpe para milhões de trabalhadores.