A China lançou com êxito, nesta quinta-feira (23), sua primeira sonda independente até Marte, uma missão durante a qual espera usar um robô para estudar o solo do planeta vermelho e que se realiza em meio à rivalidade diplomática e tecnológica com os Estados Unidos.
O foguete Long March 5 decolou às 12h41min, pelo horário local, do Centro Espacial Wenchang, na província de Hainan.
A missão Tianwen-1 ("Perguntas ao céu-1") levará uma sonda composta por três elementos: um orbitador de observação, que girará em torno do planeta vermelho, um módulo de aterrissagem e um robô por controle remoto, encarregado de analisar o solo marciano.
Para percorrer o longo trajeto, de aproximadamente 55 milhões de quilômetros — o equivalente a quase 5 mi idas e voltas entre Paris e Nova York —, a sonda chinesa levará cerca de sete meses. A chegada a Marte está prevista para fevereiro de 2021.
A China não é a única com missão a Marte: os Emirados Árabes Unidos enviaram a sua na segunda-feira e os Estados Unidos lançarão uma em 30 de julho. Esses países buscam se beneficiar da atual distância reduzida entre a Terra e o planeta vermelho.