O governo britânico anunciou nesta segunda-feira (29) que voltará a confinar Leicester devido aos numerosos casos positivos de coronavírus relatados nesta cidade no centro da Inglaterra, a primeira a retomar medidas restritivas.
As lojas "não essenciais" que abriram em meados de junho fecharão novamente a partir de terça-feira e as escolas a partir de quinta, disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, na Câmara dos Comuns.
Ele afirmou, ainda, que as medidas serão reavaliadas em duas semanas.
"Precisamos controlar o vírus. Temos que manter as pessoas seguras. Estas ações têm um profundo interesse nacional", declarou em um momento em que a suspensão do confinamento no Reino Unido entra em uma nova fase no sábado, com a reabertura de pubs, restaurantes, salões de cabeleireiros, museus e cinemas, fechados desde o fim de março.
"Ações locais como esta são uma ferramenta importante do nosso arsenal para enfrentar epidemias em um momento em que voltamos a colocar o país de pé", acrescentou.
"Não podemos recomendar uma flexibilização do confinamento em 4 de julho em Leicester", insistiu, pedindo aos seus cerca de 340.000 habitantes a permanecer em casa "tanto quanto possível".
Cerca de 3.000 casos foram registrados em Leicester desde o início da epidemia em março, 866 dos quais foram documentados nas últimas duas semanas, segundo as autoridades locais.
Com o desconfinamento, o governo tinha previsto estabelecer restrições em nível local, em função da situação, para conter uma nova onda de contágios.
"O essencial é nos assegurarmos de que estamos prontos para reagir em caso de surtos locais", declarou na segunda-feira o premier Boris Johnson à Times Radio.
A pandemia deixou 43.575 mortos no Reino Unido, o país mais afetado da Europa pela COVID-19.
* AFP