Nascido em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Daniel Balaban é a maior autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil no tema fome. Quando adolescente, impactado pelas imagens de crianças desnutridas na África, ele decidira que contribuiria para reduzir o drama. Durante a faculdade de Economia, na Unisinos, trabalhou como agente penitenciário. Depois, no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). Já em Brasília, passou em concurso para o Tesouro Nacional e integrou o gabinete que ajudou na formatação do Plano Real. Trabalhou na Presidência e dirigiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Nesse período, outros países se mostraram interessados no programa de alimentação escolar brasileiro. Foi quando a ONU o chamou para continuar o trabalho em nível internacional. À frente do escritório brasileiro do Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês, a maior agência humanitária da ONU), ele viaja por nações auxiliando governos a criar programas de segurança alimentar. Na entrevista a seguir, o economista de 57 anos alerta: 5,4 milhões de brasileiros devem passar para a extrema pobreza até o final de 2020.
Com a Palavra
Só um grande pacto nacional livrará Brasil de consequências sociais "terríveis", alerta economista da ONU
Gaúcho que chefia escritório brasileiro do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas lamenta avanço da miséria, mas se mostra otimista: "É possível resolver o problema da fome"
Rodrigo Lopes
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