Ao denunciar uma investigação "injusta", a Casa Branca anunciou no domingo (1º) à noite que recusa o convite para participar de audiência no Congresso dos Estados Unidos que marca o início de uma nova fase no processo impeachment contra o presidente Donald Trump.
Após dois meses de investigação, a Câmara dos Representantes — de maioria democrata — começa nesta semana o debate jurídico para determinar se as alegações contra o presidente são suficientemente graves para justificar uma acusação contra Trump e a abertura de um julgamento político.
O Comitê Judicial da Câmara deve iniciar a avaliação do tema na quarta-feira (4) em uma audiência com especialistas constitucionais. Trump foi convidado a participar pessoalmente, por meio de seus advogados ou enviando perguntas escritas às testemunhas. Mas a Casa Branca rejeitou o convite.
"Não podem esperar que participemos de maneira justa em uma audiência quando as testemunhas ainda devem ser designadas e enquanto continua sem ser explicado se o Comitê Judicial permitirá ao presidente um processo justo por meio de audiências adicionais", escreveu o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone, em uma carta ao presidente do comitê, Jerry Nadler.
"Sob as atuais circunstâncias não pretendemos participar em sua audiência de quarta-feira. Mas se realmente decidirem fazer um processo justo no futuro, poderíamos avaliar participar", completou.
Trump está no meio de uma tempestade política porque pediu à Ucrânia uma investigação sobre Joe Biden, um de seus potenciais adversários na eleição presidencial de 2020 e cujo filho integrou a diretoria de uma grande empresa de gás no país do leste europeu. O presidente republicano afirma que estava em seu direito de apontar um possível caso de corrupção e alega que não exerceu nenhuma pressão sobre Kiev.