O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta segunda-feira (9) o Irã de ter construído um sítio nuclear. De acordo com o premiê, o local — situado próximo à cidade de Abadeh — foi destruído em junho pelo país árabe, após descobrir que Israel havia tomado conhecimento da existência do sítio.
— Hoje revelamos que o Irã tem outro sítio nuclear secreto — disse o chefe do governo, alegando que a revelação foi baseada em documentos iranianos originais obtidos por Israel no ano passado.
As falas ocorrem uma semana antes das eleições parlamentares, importantes para a sobrevivência política de Netanyahu.
Por muitos anos, Israel acusou o Irã de tentar fabricar armas nucleares, apesar das repetidas negações de Teerã.
Em 2018, Netanyahu já havia dito que Israel tinha "evidências conclusivas" de um plano secreto que o Irã poderia ativar a qualquer momento para obter a bomba atômica. Ele afirmou ter "cópias exatas" de dezenas de milhares de documentos iranianos originais obtidos pelo preço de "um tremendo sucesso no campo da inteligência". Também alegou que os mesmos "arquivos" iranianos revelaram a identidade de outro local estratégico, ao sul de Isfahan, uma cidade no centro do Irã.
— Neste sítio, o Irã realizou experimentos para desenvolver armas nucleares, (...) mas, quando percebeu que tínhamos descoberto este local, eis o que eles fizeram: o destruíram, eles o removeram do mapa — acrescentou Netanyahu. — Israel sabe o que você faz, Israel sabe quando você faz e Israel sabe onde você está fazendo — acrescentou.
O primeiro-ministro israelense é um forte oponente do acordo nuclear iraniano, do qual a administração americana de Donald Trump, um aliado próximo de Netanyahu, se retirou. Atualmente, ele está na corrida final de uma campanha eleitoral árdua para mantê-lo no comando do governo nas eleições de 17 de setembro.