Duas tragédias marcaram o fim de semana nos Estados Unidos. No sábado (3), um tiroteio deixou 20 mortos em El Paso, no Texas, e apenas algumas horas mais tarde, na madrugada de domingo (4), outro caso semelhante vitimou nove pessoas em Dayton, Ohio.
Massacres mortais são uma ocorrência frequente em espaços públicos no país e só costumam terminar quando o atirador é morto ou se suicida.
Apesar destas tragédias, o apoio a leis mais duras para o porte de armas é controverso, com muitos norte-americanos contrários a restrições àquilo que consideram um direito constitucional de manter armas de fogo potentes em casa.
Abaixo, veja os 10 casos mais letais da última década, que somam 236 vítimas fatais.
Um norte-americano mde 64 anos fez disparos seguidos da janela de seu quarto no 32º andar do hotel Mandalay Bay Casino contra uma multidão que assistia um show de música country em Las Vegas, em outubro de 2017. O ataque deixou um balanço de 58 mortos e cerca de 500 feridos, tornando-se o maior massacre a tiros na história moderna dos Estados Unidos. O atirador se suicidou.
Um jovem fortemente armado abriu fogo dentro de uma boate gay na cidade de Orlando, na Flórida, em 12 de junho de 2016, matando 49 pessoas. O atirador foi abatido em uma troca de tiros com a polícia. Anteriormente, ele havia comprometido obediência ao grupo terrorista autointitulado Estado Islâmico.
Em 14 de dezembro de 2012, um jovem de 20 anos entrou na escola primária de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, com um rifle de assalto AR-15 e duas pistolas. Ele atirou mais de 150 vezes nos corredores e salas, matando 20 crianças com idades entre seis e sete anos, e seis mulheres que trabalhavam no local. No início da manhã, o atirador havia matado sua mãe em casa. Depois do massacre, ele cometeu suicídio.
Apenas um mês após o massacre no festival de música country em Las Vegas, um homem matou 25 fiéis e feriu outros 20 que participavam de um ato religioso em uma igreja batista na comunidade rural de Sutherland Springs, no Texas, em 5 de novembro de 2017. A polícia encontrou o corpo do atirador em seu automóvel pouco depois.
Um jovem de 19 anos disparou contra alunos e adultos na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, em 14 de fevereiro de 2018, deixando 17 mortos antes de ser detido. Ele era ex-aluno da instituição, tendo sido expulso por problemas disciplinares.
Um casal de imigrantes muçulmanos invadiu uma festa de funcionários em um escritório de serviços sociais em San Bernardino, na Califórnia, em 2 de dezembro de 2015, e abriu fogo. O ataque deixou 14 mortos e 22 feridos. Os dois foram abatidos pela polícia mais tarde.
Em Aurora, Colorado — a poucos quilômetros do local do massacre de Columbine, ocorrido em 1999 —, um jovem de 24 anos que usava uma armadura invadiu uma sala de cinema que exibia Batman - O cavaleiro das trevas ressurge em julho de 2012. Ele jogou uma bomba de gás lacrimogêneo e abriu fogo, deixando 12 mortos e 70 feridos. O atirador foi condenado à prisão perpétua.
Em 7 de novembro de 2018 um ex-fuzileiro naval, de 28 anos, fichado pela polícia por problemas psíquicos, abriu fogo em um bar lotado em Thousand Oaks, perto de Los Angeles, e matou 12 pessoas, incluindo um policial. Depois cometeu suicídio.
Em 31 de maio de 2019, um engenheiro de serviços públicos de 40 anos, fortemente armado, abriu fogo contra os colegas e matou 12 pessoas em Virginia Beach, na Virginia. O homem, que trabalhou no local por 15 anos, foi morto em um tiroteio com a polícia.
Em 27 de outubro de 2018, um homem de 46 anos entrou na sinagoga "Árvore da Vida" de Pittsburgh com um fuzil de assalto AR-15 e três pistolas, assassinando 11 fiéis nos serviços de Shabat e ferindo outros seis, entre eles quatro policiais. Ele teria gritado insultos antissemitas durante o ataque, onde dezenas de pessoas celebravam o dia santo dos judeus. Um suspeito pelo massacre está sendo processo, mas alega inocência.