Os presidentes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul trocaram caloroso aperto de mão nesta sexta-feira (quinta-feira, 26, no horário de Brasília) sobre a linha de demarcação que divide os dois países antes de uma cúpula histórica.
— Estou feliz em conhecê-lo —disse Moon Jae-in ao seu colega Kim Jong-un, no momento em que ele se tornou o primeiro líder do Norte a entrar no Sul desde a Guerra da Coreia.
Moon também entrou rapidamente no norte antes de caminhar de volta. Kim é o primeiro líder norte-coreano a entrar no sul desde a Guerra da Coreia, há 65 anos. Trata-se da terceira reunião intercoreana, após os encontros celebrados em Pyongyang em 2000 e 2007, e marca um ponto de inflexão após a aproximação diplomática que se seguiu a um período de alta tensão na península.
Segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, Kim viajou à zona desmilitarizada para "discutir honestamente com Moon Jae-in todas as questões que surjam para melhorar as relações intercoreanas e se obter a paz, a prosperidade e a reunificação da península da Coreia".
O tema do arsenal nuclear de Pyongyang está no centro da agenda, após a Coreia do Norte obter rápido progresso em sua tecnologia atômica sob o mandato de Kim, que herdou o poder com a morte do pai, em 2011.
Saudação de paz
"Uma nova história começa agora - no ponto inicial da história e na era da paz", escreveu Kim Jong-un em livro de visitas no local da cúpula, na Casa da Paz, no lado sul da zona desmilitarizada que divide as Coreias.
Os Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, marcaram o início de uma distensão palpável na península coreana. Na semana passada, o ditador norte-coreano anunciou a suspensão de testes nucleares e de lançamento de mísseis.
O anúncio ocorre pouco mais de um mês após o Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informarem que devem se reunir ainda neste ano para debater a desnuclearização.
* AFP