O Parlament (parlamento catalão) aprovou nesta manhã a independência da Catalunha, a organização de um novo Estado em forma de república e a abertura de um processo constituinte. A decisão é considerada ilegal pelo governo espanhol, que deve ser autorizado pelo Senado a iniciar uma intervenção na região. A resolução pela independência foi aprovada por 70 votos favoráveis, 10 contrários e dois em branco. As bancadas de oposição (PSC, Ciudadans e PP) retiraram-se do plenário antes do início do pleito. A votação foi secreta e a decisão aconteceu aproximadamente às 15h30 no horário europeu (11h30 no horário de Brasília).
De um lado, havia os que defendiam o referendo e a separação da Espanha; de outro, os que culpam o líder catalão, Carles Puigdemont, de ter prejudicado enormemente a economia da região e de forçar uma independência que não é a escolha da maioria da população.
Senado de Madri está reunido
Já em Madri, o Senado está reunido desde o início da manhã desta sexta-feira (27) para votar a aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, que deve destituir o presidente catalão e suspender temporariamente a autonomia da região.
De acordo com o presidente espanhol, Mariano Rajoy, é inevitável a imediata aplicação do dispositivo pois a situação é excepcional e o objetivo é proteger a Catalunha. Após a divulgação da declaração unliateral de independência por parte dos separatistas, Rajoy pediu tranquilidade aos cidadãos espanhóis e afirmou que a situação voltará à legalidade.