A Polícia Civil de Camaquã investiga o desaparecimento de dois homens sumidos em um intervalo de quatro dias, entre a quinta-feira passada (3) e segunda-feira dessa semana (7). Jerri Schmanski da Silva, 53 anos, e João Antônio Pagani, 77, residem em cidades vizinhas a Camaquã.
— Abrimos dois inquéritos distintos, pois, em princípio, não haveria relação entre os dois casos. Diligências estão em andamento e esperamos obter desfechos positivos, encontrando ambos com vida — aponta a delegada Vivian Sander Duarte, que chefia as investigações.
O sumiço dos dois homens, na mesma cidade, em um curto espaço de tempo, chamou a atenção das autoridades e despertou preocupação entre familiares e comunidade.
Contudo, conforme a delegada, a polícia colheu pistas as quais indicam que ambos estariam na região.
— Pagani deixou a casa, onde reside com a esposa, em Arambaré, após suposto desentendimento com a companheira. Ele pegou o carro se dirigiu a outras cidades da região — descreve Vivian.
O idoso teve sua última comunicação com familiares quando estava em Camaquã. Entretanto, ao ser rastreado pela polícia, teve passagens por Pantano Grande e Hulha Negra identificadas. No primeiro destes dois municípios, as autoridades localizaram um borracheiro que prestou serviço de reparo no veículo de Pagani.
— Ele teria comentado estar a caminho de Rosário do Sul. Na parada em Pantano Grande, estava sozinho, aparentemente tranquilo — revela a delegada.
Schmanski, por sua vez, não teria se deslocado para outras cidades. Morador de Cristal, deixou de se comunicar com a esposa há pouco mais de uma semana. Ele teria ido a Camaquã para tratar da renovação de sua carteira de habilitação.
A polícia, ao rastreá-lo, identificou deslocamentos dentro do próprio município, tendo identificado uma pessoa que afirmou tê-lo visto na cidade.
A delegada Vivian Dutra afirma que medidas para quebra de sigilos telefônico e bancário foram solicitadas. Ela espera que, com a autorização, possa concluir a apuração sobre o paradeiro dos sumidos.
Até esta sexta (11), destaca, não haveria indicativos que Schmanski e Pagani tenham sido vítimas de crimes.