O caxiense Alziro Gonçalves Neto, 78 anos, está desaparecido há um mês. Segundo a família, ele foi visto pela última vez em Cuiabá, no Mato Grosso. Morador do bairro Tijucal, na capital mato-grossense, o aposentado saiu para uma consulta médica, apenas com as roupas do corpo e documentos.
Silvana Gonçalves, 51, uma das filhas de Alziro, conta que a única informação sobre o dia do desaparecimento é que, após sair de casa, o caxiense tomou café em um estabelecimento que costumava frequentar.
Ele morava sozinho em Cuiabá e, segundo a família, não tinha problemas de memórias. Ele utilizava apenas um marcapasso. Uma das últimas pessoas a falar com o aposentado foi a proprietária da casa alugada por ele. Ela mora no mesmo terreno que ele.
— A proprietária disse que ele ia até o posto de saúde porque tinha machucado o braço. Mas ela viu que ele não apareceu e ele não costuma dormir fora de casa — relatou Silvana.
A maior parte da família de Alziro mora no RS, principalmente em Caxias do Sul. Ao mesmo tempo que registrou o desaparecimento na polícia, a família tentou buscar informações. Mas, nenhum dos amigos ou vizinhos soube sobre o paradeiro do caxiense.
— A gente registrou boletim de ocorrência, mas até agora não temos nenhuma pista. Nós sabemos que ele foi tomar um café. Foi o que a polícia nos informou — disse a filha do aposentado.
A polícia também procurou em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML), mas não houve pistas. O celular de Alziro também está sem sinal.
Um sobrinho do caxiense vive em Tangará da Serra (MT) e também foi a Cuiabá, mas não conseguiu mais informações.
Relação com Cuiabá
A primeira vez que Alziro foi morar em Cuiabá foi em 2001. Antes, vivia em Caxias do Sul. A filha conta que ele teve um bar no Mato Grosso até 2010, quando voltou um tempo para Serra gaúcha.
Porém, a relação com a cidade era forte e ele voltou para lá. Silvana e os irmãos queriam que o pai voltasse ao Estado, mas ela lembra que ele não gosta do frio e fugia do assunto.
— Ele dizia que não queria voltar porque o médico dele proibia porque era frio aqui. Na verdade, ele criou uma relação com a vida por lá — acredita Silvana.