Quase quatro meses após a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em maio, o município de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, ainda tem 219 pessoas residindo em três ginásios da cidade. São 88 famílias.
Parte destas pessoas será remanejada para 28 módulos transportáveis que serão adaptados para se tornarem casas provisórias. São contêineres mobiliados que devem chegar ao município até domingo (1º).
Uma parcela das estruturas já está em Cruzeiro do Sul, segundo a Secretaria Municipal de Habitação. As residências ficarão ao lado do abrigo no Ginásio XV de Novembro. Todos os módulos devem ser instalados até a primeira metade de setembro.
Um processo seletivo, que deve ser divulgado na próxima semana, vai determinar quais famílias ficarão nos locais. Entre os critérios, estão: núcleos familiares formados por até cinco integrantes, que tenham crianças, mães solteiras e Pessoas Com Deficiência (PCD).
Cerca de 700 residências definitivas serão construídas ao longo dos próximos meses, segundo a prefeitura, em quatro áreas da cidade. São imóveis empenhados em diferentes programas dos governos estadual e federal. Há a expectativa de que ao menos cem sejam concluídas até fevereiro de 2025.
A cidade, que foi uma das mais afetadas na região durante a tragédia climática, ainda tem moradores atingidos pela enchente de 2023 residindo nos abrigos.
Ao menos 10 famílias estão em espaços do município, segundo a Secretaria de Habitação. São pessoas que estavam em aluguel social e retornaram em maio porque as moradias foram impactadas pela nova inundação.