Três meses e meio após a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul, 2.514 pessoas continuam desabrigadas no Estado. Elas estão distribuídas em 56 abrigos e três Centros Humanitários de Acolhimento (CHA) em 29 municípios.
Deste total, 50% estão abrigadas em Porto Alegre, Canoas e Encantado. Somente a Capital concentra 20% dessa população — 333 pessoas acolhidas no Centro Humanitário Vida, no bairro Rubem Berta, na Zona Norte, e outras 170 divididas em nove abrigos.
Os dados são da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, atualizados diariamente com as prefeituras.
Em Canoas, na Região Metropolitana, onde ao menos dois terços da cidade foram afetados pela tragédia climática, não há mais abrigos abertos, segundo a prefeitura. Os Centros Humanitários Esperança e Recomeço abrigam 492 pessoas, o que corresponde a 19,5% do total de desabrigados do Estado.
No município de Encantado, no Vale do Taquari, são quatro abrigos disponíveis para famílias atingidas pela enchente. Os espaços oferecem acolhimento para 266 pessoas. O maior deles tem 218 acolhidos.
Conforme a Defesa Civil, no auge da crise, em 11 de maio, 81.043 pessoas foram acolhidas em abrigos pelo Estado. Ao longo do período de inundação, 981 espaços foram abertos no Rio Grande do Sul. O ápice de locais ativos em um mesmo dia foi em 17 de maio, quando 888 pontos acolhiam vítimas da enchente.
Segundo o governo gaúcho, não há previsão para encerramento das atividades nos locais que permanecem com moradores abrigados.