A unidade Central do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo permanece trabalhando exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente com o avião da Voepass, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9). Conforme boletim divulgado na manhã desta segunda-feira (12), 17 corpos foram identificados e oito liberados aos familiares, que são os primeiros a serem comunicados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento.
Outros nove corpos estão em processo de documentação para a liberação às famílias.
Entre as vítimas identificadas e que tiveram o corpo liberado aos familiares, até o momento, está o piloto Danilo Santos Romano, que tinha mais de uma década de experiência. O velório será realizado ao longo desta segunda-feira na Basílica da Penha, zona leste de São Paulo.
A aeronave saiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e caiu na sexta-feira, em Vinhedo, interior de São Paulo, matando as 62 pessoas que estavam a bordo — 58 passageiros e quatro tripulantes.
Conforme o governo estadual, as famílias são as primeiras a serem comunicadas sobre o avanço dos trabalhos de reconhecimento das vítimas.
Mais de 50 familiares foram acolhidos no Instituto Oscar Freire, espaço localizado próximo ao IML, onde especialistas colheram informações que pudessem ajudar na identificação das vítimas, como histórico de fraturas, tatuagens ou próteses, além da coleta de amostras de DNA.
"Parentes diretos forneceram também material biológico e deixaram contatos para posterior comunicação da identificação", disse o governo.
Outros 17 familiares foram atendidos em Cascavel. As documentações foram trazidas para São Paulo por peritos do Paraná.
O IML Central foi direcionado para o atendimento exclusivo ao caso. A unidade recebeu todos os 62 corpos das vítimas do desastre. Mais de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropólogo e radiologia trabalham na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo.
As forças de segurança e resgate do governo de São Paulo concluíram, no sábado (10), a remoção das vítimas do local do acidente.
Os destroços da aeronave permanecem no local sob responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que já localizou e retirou as caixas-pretas para investigação em Brasília.