A forte chuva que atinge o Rio Grande do Sul provocou estragos em 469 dos 497 municípios do Estado e causou mais de uma centena de mortes. O desastre climático ainda afetou o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis. A chuva também levou o Guaíba ao maior nível já registrado: 5m35cm no Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre.
Mortes e desaparecimentos
Conforme o boletim mais recente da Defesa Civil estadual, atualizado às 9h desta segunda-feira (27), a chuva causou 169 mortes. O número é o mesmo do balanço anterior, das 18h de segunda.
Pelo menos 806 pessoas se feriram. Há registro de 50 desaparecidos.
O RS tem 581.638 desalojados e 48.789 pessoas em abrigos.
Nível do Guaíba
As medições do nível do Guaíba são realizadas de hora em hora, conforme divulgação da Defesa Civil estadual. O dado mais recente, das 17h15min desta terça-feira (27), mostra que o nível chegou a 3m75cm. O registro mais alto foi de 5m35cm, às 5h30min do dia 5. A cota de inundação é de 3m.
Água
A Corsan informa que o sistema foi normalizado.
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) relata que uma estação de tratamento de água (ETA) segue com operações suspensas, a ETA das Ilhas. As outras ETAs da cidade estão operando, ainda que com capacidade reduzida.
Na região atendida pela ETA Moinhos, há uma estação de bombeamento da água tratada que não está funcionando por baixa vazão no tratamento. É a Ebat Bordini, o que, segundo o Dmae, pode causar baixa pressão e desabastecimento pontual nos bairros Bela Vista, Moinhos, Auxiliadora e Mont’Serrat.
Energia elétrica
As principais concessionárias de energia do Estado ainda informam que há ao menos 123,8 mil imóveis sem luz em suas áreas de atendimento. São 68.121 em cidades atendidas pela CEEE Equatorial e 55.700 na área da RGE.