Com os danos causados pela enchente aos trilhos, às estações, em sistema de energia e em veículos, o presidente da Trensurb, Fernando Marroni, ainda não consegue garantir um prazo para a volta da operação do meio de transporte. Conforme dito por ele em entrevista à Rádio Gaúcha, pela dificuldade, não se espera um retorno em um curto prazo. Segundo ele, as operações estão suspensas por tempo indeterminado.
— As nossas subestações de energia foram muito atingidas, essa parte de Mercado, Rodoviária e Estação São Pedro nós nem sequer sabemos ainda os prejuízos que vamos encontrar. Só depois que a água baixar é que nós vamos poder fazer essa avaliação — explica Marroni.
Atualmente, a Trensurb trabalha no levantamento dos prejuízos e planejamento, contando com a verba destinada pelo governo federal via medida provisória para reconstruções.
Os danos à frota foram minimizados, pois, a partir da previsão feita pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) de que o alagamento iria atingir os trilhos, a empresa suspendeu a operação na tarde do dia 3 de maio e conseguiu retirar a maior parte dos veículos de áreas alagadas. Um trem ficou preso na Estação Mercado, no Centro de Porto Alegre, e outros três, que estavam em manutenção em oficinas, também não conseguiram ser removidos.
Questionado sobre prazos para o retorno, Marroni afirma que a previsão é de voltar antes do Aeroporto Salgado Filho, que têm previsão de retomada para setembro. No entanto, o presidente explica que o aeromóvel, que realiza a ligação entre os dois locais, foi bastante danificado pela inundação.
— No nosso aeromóvel, os dois propulsores foram completamente alagados e os painéis eletrônicos que controlam aeromóvel. Isso nós não vamos conseguir em menos de seis meses— afirma.