A situação do sistema prisional do Rio Grande do Sul é monitorada pela Superintência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Em entrevista à Rádio Gaúcha, no início da tarde desta segunda (6), o superintendente da instituição, Mateus Schwartz, falou sobre os trabalhos realizados nas penitenciárias em meio à enchente no Estado e negou a liberação de presos do regime fechado.
— Nenhum preso do regime fechado foi liberado — afirmou.
De acordo com Schwartz, a Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, foi a mais afetada pela enchente na região carbonífera.
— Foi necessária a transferência da Penitenciária Estadual do Jacuí, que é administrada pela Brigada Militar e conta com 2,5 mil detentos. Tivemos de tirar os detentos do primeiro andar e realocar na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, que está seca — pontuou, detalhando o trabalho realizado:
— Ela tinha vagas para 288 presos e mais um módulo de segurança que ainda não tinha sido inaugurado. Estamos com quase 1,3 mil presos. Fizemos uma operação rápida e não tivemos nenhuma intercorrência.
Regime semiaberto
O superintendente confirmou a liberação de 158 presos do regime semiaberto do Instituto Penal de Charqueadas (IPCH) mediante colocação de tornozeleira eletrônica:
— No semiaberto, foi concedida através de decisão judicial a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Explicamos a situação aos detentos e 158 apenados foram liberados. Os que quiseram ser liberados, pois alguns não tinham para onde ir.