As águas das Lagoas da Rondinha e da Cerquinha, que cercam a RS-040 na chegada a Balneário Pinhal, no litoral norte gaúcho, estão em elevação e já atingem casas ribeirinhas. O bairro Figueirinhas, às margens da rodovia e que conta com uma lagoa de cada lado, é o que sofre com a cheia.
Cerca de 70 casas foram atingidas, e 20 famílias tiveram que sair de casa. Duas delas foram acolhidas na Escola de Ensino Fundamental Antonio Francisco Nunes, que fica no bairro. Segundo a prefeita de Balneário Pinhal, Márcia Rosane, apesar de a instituição de ensino também estar cercada de água, famílias escolheram ir para o local pois ficariam perto das residências.
— A situação na escola está controlada. Nós estamos com um ponto de acolhimento, onde fornecemos marmita para quem não consegue cozinhar. A CEEE Equatorial optou por segurança por desligar a energia elétrica em parte da comunidade. Temos gerador na escola para banho quente — afirma a prefeita.
Um número não divulgado de famílias está em pousadas, com hospedagem paga pela prefeitura, segundo o Executivo municipal. Outras famílias foram para casas de amigos ou parentes. Todas as famílias que se enquadram foram inseridas no Cadastro Único. A prefeitura montará um novo ponto de acolhimento em uma praça na comunidade, junto da RS-040. Há também um barco circulando pela região, para dar auxílio.
As lagoas subiram 28 centímetros nos últimos quatro dias, e, nesta quarta-feira (29), o nível estabilizou. A água nas ruas está com uma altura entre 50 centímetros e um metro. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), não há água sobre a pista da rodovia e não há bloqueios.