O Instituto-Geral de Perícias (IGP) conseguiu identificar os 22 corpos que haviam chegado ao Departamento Médico Legal (DML), que correspondem a vítimas da chuva que atingiu o Rio Grande do Sul. O IGP, entretanto, ainda não divulgou os nomes, e a liberação dos corpos depende do contato dos familiares com o DML.
— Pelo fato das pessoas ainda estarem com dificuldades de comunicação, nós estamos evitando que algum familiar fique sabendo da morte do parente pela mídia — comunicou o IGP, sobre a divulgação dos nomes das vítimas.
A identificação foi feita utilizando o protocolo internacional que orienta as ações para casos de acidentes ou eventos climáticos com grande número de vítimas. O número oficial de mortes até a manhã desta sexta-feira era de 41.
A decisão de centralizar o trabalho no DML da Capital foi justamente em função da estrutura e da equipe multidisciplinar especializada em ações deste tipo, o que permite maior rapidez nas identificações. Das 22 vítimas, 19 já estão com os processos de liberação encaminhadas ou finalizadas.
Como muitas famílias perderam as casas ou todos documentos, um sistema de identificação para estas pessoas também está em funcionamento. Para liberar um corpo de uma vítima, um familiar precisa se apresentar com identificação. Se a pessoa está sem documentos, o IGP faz biometria na hora e já emite nova carteira de identidade. Também há trabalho integrado com cartórios para o registro do óbito.