Cinco dias após as explosões em um silo de grãos da cooperativa C.Vale da cidade de Palotina, no oeste do Paraná, foi encontrado, nesta segunda-feira (31), o corpo da última vítima que estava desaparecida em razão do incidente. O cadáver do haitiano Wicken Celestin, 55 anos, só foi retirado pelo Corpo de Bombeiros cerca de duas horas após ter sido localizado, em razão das as condições de destruição do local. As informações são do g1.
A C.Vale afirmou em nota que o resgate foi "finalizado com dor e que a explosão pegou em cheio o coração da cooperativa" e que auxiliará as autoridades a identificar as causas do acidente. Segundo a empresa, Celestin fazia um serviço em um túnel subterrâneo abaixo de um armazém com capacidade para 11 mil toneladas de grãos.
Nove pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas nas explosões que aconteceram na última quarta-feira (26). De acordo com a cooperativa, dos nove mortos, um é funcionário da C.Vale e oito são terceirizados do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias (Sintomage), que presta serviços à companhia. Oito vítimas eram haitianas, e um era brasileiro. São eles:
- Wicken Celestin – 55 anos (haitiano)
- Alfred Lesperance – 44 anos (haitiano)
- Michelet Louis - 41 anos (haitiano)
- Jean Michee Joseph – 29 anos (haitiano)
- Jean Ronald Calix – 27 anos (haitiano)
- Donald ST Cyr – 24 anos (haitiano)
- Eugênio Metelus – 53 anos (haitiano)
- Reginald Gefrard – 30 anos (haitiano)
- Saulo da Rocha Batista – 53 anos (brasileiro)
O acidente
O silo estava sendo usado para armazenar milho e fica a nove quilômetros do centro de Palotina, numa área com vários silos. A explosão teria ocorrido em um túnel de transporte e, segundo os bombeiros, também destruiu parcialmente outros dois silos.
Funcionários da cooperativa — que também possui operações no Rio Grande do Sul — estavam fazendo a manutenção na estrutura quando ocorreu a explosão, cuja causa ainda não foi identificada. O estrondo foi ouvido a quilômetros de distância e provocou a quebra de vidros de janelas de imóveis em bairros próximos. Também surgiram pequenos incêndios no próprio silo, combatidos pelos bombeiros.
Por volta das 20h de quarta, os bombeiros ainda não haviam conseguido entrar no silo destruído — como ele ameaçava ruir, primeiro foi necessário fazer o escoramento da estrutura, para ingressar com segurança e procurar os desaparecidos.