Uma semana após o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, as prefeituras das cidades mais afetadas começaram a contabilizar estragos e levantar dados sobre residências que tiveram perda total. O balanço será necessário para pedir recursos habitacionais ao governo federal.
Na manhã desta sexta-feira (23), as prefeituras do Litoral Norte se reuniram com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e representantes do Congresso Nacional. A ideia é elaborar a documentação necessária para agilizar o envio de valores e auxiliar a população mais atingida.
— Buscamos criar decretos, medidas provisórias que acelerem esse processo de investimento. Se for depender de projeto de lei, vai ser muito devagar — apontou a prefeita de Balneário Pinhal, Márcia Tedesco, que preside a associação dos municípios do Litoral Norte.
Para a reconstrução, será necessário enviar documentos à União que comprovem a extensão dos danos. Segundo Márcia, o levantamento será feito pela Defesa Civil do RS quando houver menos de 45 residências com perda total. Em números maiores, técnicos da Defesa Civil nacional devem ajudar.
A interlocução do Estado com o governo federal deve ocorrer pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, que também participou do encontro.
— Ainda estamos num momento de obter das prefeituras números exatos, precisos, do que vamos precisar fazer. A pasta que cabe a mim, preciso ter números precisos de quantas casas foram totalmente destruídas para nós levarmos ao governo federal o pedido de recursos para a reconstrução dessas casas — afirmou o secretário Fabricio Guazzelli Peruchin.
Para auxiliar no levantamento, um escritório foi montado em Osório para atender as prefeituras do Litoral Norte, onde o fenômeno atingiu os municípios com mais força. Segundo Peruchin, como os primeiros esforços se concentraram em resgatar e abrigar vítimas, ainda não é possível estimar o número de residências destruídas:
— Na segunda-feira, em Osório, com todas as prefeituras dos municípios tínhamos uma estimativa de 80 casas. Eu já fazia um cálculo que esse número aumentaria para cerca de cem residência. Mas o levantamento ainda não está nada preciso.
Ao todo, 68 municípios foram afetados pelo ciclone, segundo o secretário.