O casal de proprietários do Camping Paraíso Verde, em Sapiranga, foi indiciado pela morte do homem que caiu de uma passarela no local, em fevereiro. Gilmar Dias, 50 anos, visitava o local com familiares e cruzava a ponte pênsil quando um cabo se rompeu. Ele teve traumatismo cranioencefálico e não resistiu.
O inquérito foi concluído pela Polícia Civil no dia 16 de junho e remetido à Justiça. Conforme a delegacia de Sapiranga, o homem de 37 anos e a mulher, de 31, foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção) e lesão corporal.
Além da vítima fatal, outras quatro pessoas também caíram da ponte e tiveram ferimentos. O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) indicou que a principal causa do desabamento foi a corrosão dos cabos de aço que sustentavam a estrutura.
A polícia apurou que, além da falta de manutenção adequada dos cabos de aço, não havia nas cabeceiras da passarela placas indicativas de carga ou lotação máxima da estrutura, a ligação entre os barrotes, por tábuas de madeiras, era precária e a passarela não possuía projetos de engenharia.
Conforme o delegado Clóvis Nei da Silva, o inquérito já está com o Ministério Público, que vai analisar se oferece denúncia:
— O casal não foi preso. Não há previsão de prisão preventiva nesse caso. Se forem condenados, a pena pode ser de um a três anos.
A reportagem de GZH tentou contato com o camping, mas não obteve resposta.