A obra de duplicação de cerca de sete quilômetros da RS-734, na área urbana de Rio Grande, no sul do Estado, está paralisada por tempo indeterminado. A Conpasul, empresa responsável pela intervenção, solicitou a rescisão do contrato e abandonou o canteiro de obras.
Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o Consórcio Pelotense/SBS, que ficou em segundo na licitação, será convocado para dar continuidade aos trabalhos.
A obra já estava paralisada em razão de um impasse sobre a remoção dos postes da rede elétrica que estão no local onde é construída a nova pista. As estruturas impedem a colocação das últimas camadas do pavimento. A empresa foi autorizada a remover a rede elétrica na metade de março, mas não chegou a fazer o serviço.
Questionada por e-mail, a Conpasul não informou os motivos para o pedido de rescisão e afirmou que qualquer informação relativa à obra é de responsabilidade do Daer.
Também por e-mail, o Daer disse que solicitou à Conpasul o cumprimento do cronograma de obras após a autorização para remoção da rede elétrica. Mas a empresa teria apresentado justificativas que impediriam o cumprimento dos prazos e solicitou a rescisão. O Daer não detalhou as justificativas apresentadas pela empresa.
A autarquia trabalha agora nos trâmites legais da convocação do Consórcio Pelotas/SBP para assumir o restante dos trabalhos. O Daer não informou um prazo para isso acontecer.
Duplicação tinha prazo de conclusão de 18 meses
A duplicação começou a ser feita em julho do ano passado, com prazo de conclusão de 18 meses. O trecho de cerca de sete quilômetros fica na área urbana de Rio Grande, entre o entroncamento com a BR-392 e o pórtico do município. Até agora, a obra avançou apenas 2,5 quilômetros, com serviços de drenagem, terraplanagem e pavimentação com a camada de sub-base. O trânsito flui normalmente pela pista antiga, ao lado da obra.
A licitação da duplicação da RS-734 chegou a ser alvo de disputa judicial. O processo teve o resultado divulgado em fevereiro do ano passado. A Conpasul venceu com uma proposta de R$ 51,6 milhões.
Mas o Consórcio Pelotense, segundo colocado no certame, questionou o resultado. A empresa alegou que a Conpasul, por estar em processo de recuperação judicial, não poderia participar da licitação. O processo atrasou o início da obra. A assinatura da ordem de serviço aconteceu apenas em junho daquele ano.