Foi sepultado neste domingo (19), no memorial Vera Cruz, em Passo Fundo, o empresário passo-fundense Mathias Lima Marcondes, 35 anos, que morreu em razão de um acidente de trabalho, em novembro de 2022.
Dezenas de familiares e amigos se reuniram no cemitério onde prestaram as últimas homenagens e se despediram do empresário, que lutou durante 97 dias pela vida no Hospital de Pronto Socorro, de Porto Alegre.
Descrito pelos amigos como um ser iluminado, amoroso, amigo e batalhador, Mathias era uma referência no sul do Brasil em efeitos visuais para shows. Entre os clientes, estão astros da música nacional do país, como Alok, Henrique Juliano, Gusttavo Lima, Dilsinho entre outros.
— Ele era um cara realizado profissionalmente. Começou do zero e, em pouco tempo, menos de cinco anos, já estava entre os melhores. O objetivo dele era se tornar a grande referência nacional na área — conta o irmão Matheus Lima Marcondes.
O pai de Mathias, Júlio Marcondes, lembra com saudade das caminhadas com o filho pelas praias de Balneário Camboriú.
— Era um filho exemplar. Dedicado, trabalhador e amoroso. Ele morou comigo e com a mãe dele, até nos mudarmos para Santa Catarina, há dois anos. Mesmo com a correria do trabalho dele, ele sempre tirava um tempo para nos visitar. Era meu companheiro. Conversamos sobre tudo, não tínhamos segredos, meu grande amigo — lembra o pai com carinho.
Quando criança, Mathias tinha o sonho de ser jogador de futebol e vestir a camisa do Internacional, time do coração, mas logo descobriu na música uma expertise e adoração que o fizeram mudar de ideia. O irmão revela que, além da música, Mathias tinha outra paixão, o mar:.
— Era um cara que adorava a praia, gostava de apreciar a paisagem, escutar o barulho das ondas e andar pelas areias.
O amigo, de mais de uma década, Jean Santos, ainda tenta encontrar as palavras para o que aconteceu:
— É difícil falar, encontrar as melhores palavras. Era um cara que estava sempre alegre. Não tinha como ficar triste do lado dele. Generoso e muito disposto a ajudar todo mundo. Não tinha quem não gostasse dele. Vai fazer muita falta.
Mathias morreu depois que um artefato pirotécnico explodiu sobre seu corpo. Ele carregava uma caixa de baterias de fogos quando um dos objetos que estava dentro explodiu acidentalmente. Ele foi internado às pressas, com graves queimaduras pelo corpo, sendo transferido ao HPS, em Porto Alegre, onde permaneceu por 97 dias na UTI. Depois de altos e baixos, faleceu na última sexta-feira. Mathias deixa pai, mãe, dois irmãos e muitos amigos.
— A dor é imensa. Mas, durante todo esse tempo, ele foi um guerreiro. Vai deixar muita saudade e, também, um legado de amizade, bondade, solidariedade e união da família — afirma o irmão Matheus.