No fim da tarde desta terça-feira (29), bombeiros seguem trabalhando no resgate das vítimas do deslizamento de terra no km 669 da BR-376, em Guaratuba, no Paraná. Fortes chuvas provocaram ao menos duas mortes já confirmadas e grandes estragos na divisa do Estado com Santa Catarina.
A Defesa Civil ainda não sabe ao certo quantas vítimas e desaparecidos se encontram embaixo da massa de terra que desabou na noite de segunda-feira (28) e bloqueou a rodovia, depois de arrastar ao menos seis caminhões e 15 veículos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e concessionária estabeleceram bloqueios de segurança no trecho e não há previsão de liberação.
Conforme o coronel Fernando Raimundo Schunig, da Defesa Civil, a região é uma área de bastante vulnerabilidade técnica, que necessita de obras de contenção.
— Uma massa de terra é muito volume, o peso é muito grande sobre a rodovia, inclusive sob o risco da rodovia ceder, que agravaria mais o problema — afirmou o oficial.
Prefeito teve o carro atingido
À Rádio Gaúcha, o prefeito da cidade, Roberto Justus que estava com o seu motorista, Cláudio Margarida, quando foram surpreendidos com o desabamento da encosta, assim como outros motoristas na região, detalhou o acontecido.
— Um mar de lama, pedra, árvore, tronco me atingiu na porta do carro. Eu estava no banco do passageiro. E aquele impacto foi tão grande que imagino que deve ter me alçado para cima. A lama foi subindo, foi me erguendo, me erguendo, até que fui empurrado para a pista contrária. Acredito que, com lama e tudo, acabamos ficando em cima dos veículos que estavam na outra pista, até que o carro parasse, ele tombou, a gente quebrou o vidro, eu e o Cláudio, meu motorista, saímos de lá, por milagre, sem nenhum arranhão — narrou o prefeito, que se disse bastante abalado com o ocorrido.