As cheias no Rio Uruguai fizeram com que ao menos 10 famílias fossem retiradas de casa em São Borja, na Fronteira Oeste. A operação de retirada começou ainda nessa segunda-feira (30), quando a água começou a atingir as primeiras residências.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Moacir Tiecher, parte das pessoas afetadas foram encaminhadas ao Ginásio Municipal Cleto Dória Azambuja, onde passaram a noite e permanecem nesta terça-feira (31). Alguns conseguiram se dirigir para casas de parentes.
O número de desabrigados ainda pode aumentar, já que o rio segue em elevação. Em alguns pontos, ele está cerca de 50 centímetros acima da cota de inundação, que é de 9m. A tendência é que ele comece a estabilizar apenas nesta quarta-feira (1º).
— Estamos vendo que em partes mais altas o Uruguai já não está mais subindo. Acreditamos que aqui ele irá atingir uma altura de 10m50cm e comece a estabilizar já no período da manhã desta quarta — afirma o coordenador.
Entre as cidades localizadas em pontos mais altos do território banhado pelo rio está Porto Mauá, na Região Noroeste. Na cidade, que faz fronteira com a Argentina, o Rio Uruguai registrou um pico de 12m70cm no início da manhã desta terça e parou de subir. Diversos estabelecimentos ficaram submersos devido aos alagamentos, incluindo a Barca Porto Mauá, local de onde saem as balças que transportam os passageiros ao país vizinho. Segundo a coordenadoria da Defesa Civil Regional de Santo Ângelo, que atende o município, não há registro de desabrigados.
O balanço mais recente da Sala de Situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) aponta que os rios Taquari, das Antas, Cadeia e Caí seguem justificando estado de alerta, mas já apresentam declínio.