Enquanto outros municípios da Fronteira Oeste, como Uruguaiana, Itaqui e São Borja, concentram seus esforços em acompanhar o declínio da elevação no Rio Uruguai, em Alegrete, os estragos provocados pela cheia do Rio Ibirapuitã ainda castigam as famílias que precisaram deixar suas casas.
Conforme boletim emitido às 17h30min deste sábado (7) pela Defesa Civil estadual, ainda há 2.320 pessoas afetadas, sendo 2,1 mil desalojadas (abandonaram a residência temporariamente para ficar em outro local) e 220 desabrigadas (perderam a casa e estão em um abrigo público).
De acordo com o informe divulgado pela Defesa Civil de Alegrete às 18h deste sábado, apenas 15 famílias seguem desabrigadas, sendo que 13 delas estão alocadas no ginásio do Instituto Estadual de Educação Osvaldo Aranha e duas na sede do bairro Macedo. Após a atualização, o órgão estadual informou que as 15 famílias somam 60 pessoas no total, menos da metade da quantidade informada às 17h30min.
Segundo o órgão municipal, dos seis abrigos disponibilizados às famílias, quatro já não estão sendo utilizados e as pessoas já retornaram às suas residências. Os ocupantes dos dois abrigos restantes devem retornar às suas casas na segunda-feira (9).
Os bairros mais atingidos pela tempestade foram Vila Nova, Santo Antônio, Macedo e Ibirapuitã. Conforme a Defesa Civil municipal, neste sábado, já não havia registros de alagamentos na cidade e o Rio Ibirapuitã chegou a 1,70cm.
De acordo com o boletim hidrometeorológico da sala de situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Rio Ibirapuitã, que iniciou a semana acima da cota de inundação na estação Alegrete, atingindo pico no dia 30 de abril, entrando em declínio em seguida, terminou a sexta-feira (6) abaixo da cota de atenção.