Os estragos provocados pelos temporais dos últimos quatros dias no Rio Grande do Sul causaram estragos, até o momento, em 11 municípios. As cidades afetadas são Santana do Livramento, Caçapava do Sul, Uruguaiana, Quaraí, Lavras do Sul, São Francisco de Paula, Alegrete, Júlio de Castilhos, Passa Sete e Cachoeira do Sul.
Conforme o último boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado nesta sexta-feira (29), as cidades mais atingidas são Quaraí e Alegrete, na Fronteira Oeste.
Em Quaraí, o nível do Rio Quaraí começou a baixar lentamente e, na manhã desta sexta-feira, estava em dez metros. Para que a situação se aproxime da normalidade é preciso chegar a sete metros — quando o rio entra na cota de alerta, mas volta para o leito.
De acordo com a prefeitura, as cerca de mil pessoas que precisaram deixar suas casas devem começar a retornar para as residências. Ainda na quinta-feira (28) foi decretada situação de emergência no município.
Ainda na região da Fronteira Oeste, a cidade de Alegrete enfrenta as consequências da cheia do Rio Ibirapuitã. Na manhã desta sexta, o nível do rio continuava subindo, chegando a 11,9 metros — quatro a mais do que a medida em que a água começa a atingir casas.
De acordo com a última atualização da Defesa Civil, há 1.224 pessoas fora de casa — são 1.074 desabrigados e outros 150 desalojados, que estão abrigados no Ginásio Municipal Oswaldo Aranha.
Já em Passa Sete, no Vale do Rio Pardo, os danos foram causados pela chuva e fortes ventos. Pelo menos 30 residências sofreram destelhamento e foi registrada a queda de postes e árvores.
Estragos também na Região Central
Na Região Central também houve registro de estragos. Em Júlio de Castilhos, os danos causados pelo vento que atingiu 90km/h na terça-feira (26) levaram a prefeitura a decretar situação de emergência.
Conforme levantamentos da Secretaria de Agricultura, Emater e Defesa Civil, os prejuízos ultrapassam os R$ 7,4 milhões. Houve estragos em cerca de 30 residências, lavouras, galpões e tambos de leite.
Em Lavras do Sul, o Executivo Municipal e a Defesa Civil também definiram pelo decreto de emergência. Foram pelo menos 20 residências atingidas com maior gravidade, principalmente por alagamentos. Deslizamentos de terra deixaram duas casas parcialmente destruídas. Também houve destelhamentos, quedas de árvores e uma ponte cedeu. O município chegou a ficar 10 horas sem energia elétrica. Ainda não há uma estimativa em valores dos prejuízos causados.
A Defesa Civil distribuiu cestas básicas, cobertores e colchões para os atingidos. A comunidade é convocada a ajudar com doações, que serão destinadas aos afetados.