Moradores de Parobé, no Vale do Paranhana, não precisam mais pagar passagem de ônibus para circular no município. Desde quarta-feira (23), a tarifa é gratuita para todas as 19 linhas da cidade — antes, o valor era de R$ 4,50.
A medida foi anunciada pelo Executivo e, de acordo com o prefeito Diego Dal Piva da Luz, será permanente. Antes de implementar o programa Tarifa Zero, a prefeitura já vinha fazendo um estudo das linhas e realizando alterações. Conhecido como Diego Picucha, o prefeito diz que estava incomodado com o sistema de transporte na cidade, o que o fez pesquisar os modelos de Luxemburgo, na Europa, e de Vargem Grande Paulista, em São Paulo.
— A ideia é devolver para a comunidade o pagamento de tributos, porque o transporte coletivo é um serviço público. Aqui, quem mora no interior às vezes vai gastar no comércio de outra cidade, porque é mais perto. E agora vão gastar aqui. Além de dar qualidade de vida, vou fazer o comércio girar, o que aumenta renda e, lá na ponta, me dá receita — argumenta o prefeito.
A cidade tem população estimada pelo IBGE para 2021 em 59.419 habitantes. O número de usuários do transporte coletivo fica em torno de 250 por dia, mas a prefeitura acredita que, com a medida, pode aumentar — o que deve levar a alterações nas linhas de ônibus.
Para colocar o projeto em prática, o Executivo vai desembolsar cerca de R$ 80 mil mensais. Conforme o prefeito, o valor disponível é fruto de economia em diárias e número de secretarias, entre outras medidas adotadas.
Uma empresa terceirizada contratada emergencialmente por seis meses fornece os três veículos necessários para a operação, além de motoristas, diesel e manutenção. Assim, a prefeitura é responsável pela administração e paga pelo quilômetro rodado, podendo aumentar o número de linhas se a demanda crescer. Todos os ônibus têm até 10 anos de uso, acessibilidade e ar-condicionado.
— Depois desses seis meses, vamos fazer licitação e, neste período, vamos avaliar quantos quilômetros serão licitados. Hoje, são 7 mil quilômetros por mês, mas pode ser que aumente. Enquanto eu for prefeito, o pessoal não vai pagar pelo ônibus em Parobé — afirma o prefeito.