A defesa do sócio da boate Kiss Elissandro Spohr protocolou nesta quarta-feira (10) um pedido na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre para ouvir como testemunha durante o julgamento o prefeito de Santa Maria na época da tragédia e atual secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, e o promotor de Justiça Ricardo Lozza. Cabe agora ao juiz Orlando Faccini Neto, titular da ação penal, aceitar ou não a solicitação.
De acordo com o advogado Jader Marques, o pedido de dispensa formulado por uma perita que seria testemunha e pelo fato de outro indicado ser coréu — o dono anterior da Kiss foi arrolado — abrem a possibilidade de ouvir essas duas pessoas, consideradas fundamentais pela defesa.
— Já que eu não consegui trazê-los como réus, que venham dar suas explicações à sociedade como testemunha. Esse processo não pode ser um marco da impunidade do poder público — sustenta o criminalista.
Lozza foi o promotor de Justiça responsável pelo termo de ajustamento de conduta que exigiu mudanças na boate Kiss para acabar com o barulho na época.
Por meio da sua assessoria, Schirmer disse que não se manifestará ao longo de todo o julgamento. GZH aguarda posição do promotor Ricardo Lozza.