O sábado (19) é marcado por protestos em diferentes cidades do país contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os grupos que estão se manifestando pedem vacinação contra a covid-19 e defendem pautas como educação pública, auxílio emergencial e demarcação de terras indígenas. Os manifestantes também destacam as quase 500 mil vidas perdidas para o coronavírus no Brasil. Em Porto Alegre, o ato ocorre nesta tarde.
Os horários das manifestações são variados. Segundo a Globonews, até as 17h eram registrados atos em cerca de 60 cidades em 22 Estados.
Uma das primeiras capitais a registrar protesto foi Brasília, no Distrito Federal. A reunião de pessoas contrárias às medidas do governo federal começou por volta das 9h. As seis faixas da Esplanada dos Ministérios foram ocupadas. Nos cartazes exibidos ao longo do Eixo Monumental, foi possível ler frases como “Bolsonaro – 490 mil vidas perdidas – em luto”, “Fora Bolsonaro”, “O Brasil tá lascado”, “Demarcação já”, entre outras.
No Rio de Janeiro, o protesto começou às 10h e, segundo o Centro de Operações Rio (COR), a pista central da Av. Presidente Vargas foi interditada. Os manifestantes se dizem a favor de causas como a aceleração do ritmo da vacinação e defesa do reajuste do auxílio emergencial.
Entre os artistas que estiveram presente no ato, cantor e compositor Chico Buarque, que completa 77 anos neste sábado, chamou atenção. Fotos e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram ele usando máscara e sendo cumprimentado pelos manifestantes, que gritam “parabéns”. Chico Buarque recebeu a segunda dose da vacina contra a covid-19 no início de abril.
Em Teresina, no Piauí, os manifestantes iniciaram o ato às 8h. Participam do protesto movimentos sociais, representantes de partidos políticos, centrais sindicais, estudantes e a população em geral. Há distribuição de itens de segurança durante a manifestação.
Atos contra o presidente foram registrados também em cidades da Paraíba, desde às 9h. Em João Pessoa, entre as principais reivindicações dos manifestantes, estão a compra de vacinas contra a covid-19 e o impeachment do presidente. Durante o percurso, os manifestantes usam máscaras e carregam cartazes contra as ações de Bolsonaro durante da pandemia.
Mesmo com chuva, o ato programado na região central do Recife, em Pernambuco, aconteceu de maneira pacífica, ao contrário do que foi registrado em 29 de maio, quando dois homens perderam a visão de um olho cada após ser atingidos por balas de borracha. Os manifestantes pediam vacinação contra a covid-19 e políticas de erradicação da fome e da pobreza. O grupo começou a se concentrar por volta das 9h e, depois de caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista até as pontes Duarte Coelho e Princesa Isabel, em fila indiana, o ato foi encerrado por volta do meio-dia.
Em Goiânia, Goiás, manifestantes, que se reuniram por volta das 9h30min, caminharam cerca de 3 quilômetros em protesto contra o presidente e a favor da vacinação. Os manifestantes usavam máscaras de proteção facial durante o ato. Porém, foram registrados momentos em que o distanciamento social não foi respeitado. Cartazes e faixas com os dizeres “Vacina no braço, comida no prato”, “Fora Bolsonaro” e “Vacina já” foram carregados pelos participantes.
Manifestantes também realizaram protesto na manhã deste sábado, em Maceió, Alagoas, contra Jair Bolsonaro. A mobilização foi convocada para reivindicar vacinação contra a covid-19 para todos e contra atos do presidente na pandemia. O protesto ocupou duas faixas da Avenida Fernandes Lima. Os manifestantes carregaram faixas e cartazes com frases contra o presidente. Eles usaram máscaras e respeitaram o distanciamento social.
Em maior número que no protesto de 29 de maio, manifestantes se reuniram na região central de São Luís, no Maranhão, na manhã deste sábado, em protesto contra o presidente da República. Com faixas e cartazes com frase “Fora Bolsonaro, presidente genocida”, manifestantes pediram a renúncia de Bolsonaro e teceram críticas ao seu governo, pedindo celeridade nas medidas de prevenção contra a covid-19.
São Paulo foi uma das capitais que iniciou os seus protestos mais tarde, às 16h. Os manifestantes fecham os dois sentidos da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Pacífico, o ato está sendo monitorado pela Polícia Militar e conta com, pelo menos, três carros de som, que proferem palavras de ordem e, também, distribuem máscaras aos participantes. O grupo levou faixas e boneco inflável do presidente da República, pedindo o afastamento de Bolsonaro e o culpando pelas 500 mil mortes de brasileiros por covid-19.
As pessoas presentes estão com máscara de proteção e os organizadores orientam para manterem distanciamento social, porém, existem pontos de aglomeração. Movimentos sociais, estudantis e partidários, bem como torcidas organizadas, como a Democracia Corintiana, participam do ato, que pede mais vacinas.
Fora do Brasil
Pessoas se reuniram neste sábado diante do Portão de Brandemburgo, em Berlim, na Alemanha, em manifestação contra Bolsonaro. Segundo informou a agência de notícias Deutsche Welle, os manifestantes pediram mais vacinas e o impeachment do presidente, além de denunciarem a violência contra os povos indígenas.
Durante o ato em Berlim, cruzes no chão lembraram os 500 mil mortos pela covid-19 no Brasil.
Na Europa, até o final da tarde, outras cidades também registraram manifestações em oposição ao governo brasileiro: Amsterdã (Holanda), Dublin (Irlanda), Lisboa (Portugal), Londres (Reino Unido), Madri (Espanha), Viena (Áustria) e Zurique (Suíça).
Ao total, mais de 20 cidades europeias têm atos programados para este sábado.