Duas manifestações foram realizadas nesta terça-feira por caminhoneiros no Rio Grande do Sul em função das elevações de preço do óleo diesel. Os atos foram registrados nas cidades de Pelotas, na BR-392, e na Rota do Sol (RS-453), em Farroupilha. Não houve registro de desabastecimento em nenhuma dessas cidades.
Na noite dessa terça-feira, em Farroupilha, um grupo de caminhoneiros realizou um ato próximo a um posto de combustíveis da Rota do Sol. Alguns pneus foram queimados na margem da rodovia para chamar atenção dos condutores. Os caminhoneiros, no entanto, abordavam outros veículos de carga para conversar e convencer os motoristas a aderir ao protesto. Conforme o Comando Rodoviário da Brigada Militar, os pneus foram queimados apenas na margem da rodovia, e não chegaram a interferir no fluxo de veículos.
Na BR-392, em Pelotas, um grupo de caminhoneiros fez ato na margem da rodovia. Os veículos dos manifestantes ficaram estacionados junto a um posto de combustíveis. Assim como na serra, os condutores também abordaram veículos de carga para conversar com colegas sobre a pauta. As ações ocorreram pela manhã e durante a tarde.
Somente em 2021, a Petrobras anunciou cinco elevações no preço do litro do óleo diesel. Na última segunda-feira, um novo reajuste foi divulgado, com previsão de elevação de 5,2% no preço do combustível na saída das refinarias. Já em 19 de fevereiro, outra atualização havia sido anunciada, com elevação de 15% no preço do diesel. No acumulado do ano, a elevação do preço na refinaria é de 33,9%.
A Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam-RS) afirmou que está acompanhando os protestos "com cautela" e que os caminhoneiros devem evitar aglomerações. "No caso dos caminhoneiros, pare o seu caminhão na frente de sua casa, fique com a sua família e cuide dela. Não vá para a pista incentivar o caos ou atentar contra colegas que não concordam com a sua opinião", declarou André Costa, presidente da entidade, em nota à imprensa.
A federação também afirma que as discussões sobre o preço do diesel são "menores" em relação à necessidade de diminuir a circulação e preservar a vida.