Após um pedido de entidades representativas do comércio, como Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), ficará para a primeira quinzena de janeiro a retomada das obras de revitalização do Calçadão Salvador Isaia, no centro de Santa Maria. A informação é confirmada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ewerton Falk, e pelo presidente da Cacism, Luiz Fernando Pachecho.
A prefeitura acatou o pedido feito pelas entidades para que os trabalhos não fossem retomados nesta reta final de 2020. Após consulta das entidades aos seus associados, a maioria dos lojistas manifestou o desejo de que não houvesse obras no local nestes dois últimos meses do ano. O temor era de que os transtornos causados pela obra afastasse os consumidores em um período importante para as vendas.
Outra preocupação era com a diminuição do espaço para circulação de pessoas no local. Com a instalação de tapumes, haveria apenas dois corredores de cerca de 2 metros de largura para um local que tem grande movimento.
- A gente já vive um ano extremamente difícil, com várias restrições, aí criar em novembro e dezembro, que dá uma aquecida no comércio, principalmente no centro, é ruim encher de tapumes no Calçadão. E mais a questão de saúde, porque com esses corredores pequenos e pela grande circulação pode causar aglomeração - defende Pacheco.
Além disso, houve o compromisso de que a ordem de serviço será assinada até 31 de dezembro deste ano.
MUDANÇAS
A previsão era que a revitalização do Calçadão estivesse concluída até julho deste ano. As primeiras intervenções no local começaram no dia 8 de janeiro e a previsão da prefeitura era de que a obra se estendesse por cinco meses.
Na ocasião, foram retirados alguns ornamentos paisagísticos e placas. Tapumes chegaram a ser colocados no local em março, assim como foi construído o canteiro de obras.
Neste meio tempo veio e pandemia e também mudanças no contrato para a revitalização. Antes, apenas a construtora De Marco, de Erechim, seria responsável pela obra, orçada em pouco mais de R$ 1 milhão. A empresa bancaria todo o custo da reforma devido a uma alteração no Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial do município, que permitiu a compensação pela liberação para a construção de um complexo de edifícios no bairro Camobi.
Porém, uma outra empresa, a Urbanes Empreendimentos, precisou se aliar na empreitada e foi necessário reorganizar tanto as etapas da reforma, quanto um novo Termo de Ajustamento de Conduta com as duas construtoras.