Nem duas semanas se passaram desde que a prefeitura de Santa Maria proibiu que carros pudessem estacionar na primeira quadra da Rua Doutor Bozano, no Centro da cidade. No lugar dos automóveis, floreiras foram colocadas para aumentar o espaço de circulação de pedestres. Foi tempo suficiente para que o projeto, que demorou mais de quatro meses para sair do papel, fosse cancelado. Isso aconteceu depois que lojistas alegaram ter registrado até 60% de queda nas vendas devido a ausência de estacionamento.
A prefeitura diz que, por ora, vai focar esforços na obra do Calçadão, que deve começar no mês de julho e ficar pronto até o final do ano.
Apesar da desistência momentânea em aumentar o espaço para as pessoas circularem a pé em uma das principais ruas do Centro de Santa Maria, a prefeitura diz que não desistiu da ideia – pelo contrário. O projeto de revitalização foi uma necessidade apontada em estudo para o novo plano de mobilidade urbana, realizado em 2015, e que mostrou que a área central da cidade precisava de mais espaço para a circulação de pedestres. Por enquanto, apenas um parklet, que foi construído com apoio da iniciativa privada, vai continuar no local.
– Eu acredito que o projeto (de revitalização) deu certo. O que era a proposta? Colocar em prática o plano de mobilidade urbana. Ninguém está questionando o conceito. O que está sendo questionado é o acabamento e finalização da obra, e o município reconhece isso – afirma o secretário de Desenvolvimento Ewerton Falk, ao ressaltar que os carros vão poder voltar a estacionar no espaço.
Agora, segundo o responsável pela pasta, uma intervenção definitiva na segunda quadra da Rua Doutor Bozano entrará no cronograma de obras do município, que tem como prioridade a reforma do Calçadão Salvador Isaia. Ela custará R$ 500 mil e será feita com recursos de uma contrapartida dada por uma empresa que construirá um condomínio, no bairro Camobi.
A construtora tem até o final de maio para enviar o projeto final à prefeitura. Após a aprovação, as obras devem durar, no máximo, 60 dias. A previsão inicial é que o novo Calçadão fique em condições de uso até o final de outubro.