A partir de um protocolo com 12 medidas contra a disseminação do coronavírus, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) busca a liberação do governo gaúcho para a retomada das atividades campeiras, como tiro de laço e gineteada. Nesta terça-feira (18), a entidade entregou um documento de duas páginas para a Secretaria Estadual da Agricultura, sugerindo que os eventos sejam liberados a partir de 1º de outubro. O pedido está em análise.
De acordo com o vice-presidente campeiro do MTG, Adriano Pacheco, o principal objetivo da retomada é auxiliar as mais de 1,7 mil entidades ligadas ao movimento e os trabalhadores que atuam nas competições, paralisadas desde março, início da pandemia.
— Temos uma vasta cadeia produtiva nesses eventos. Como parâmetro, em 2019 tivemos em torno de três mil eventos cadastrados. Além de tradição e cultura, é uma grande cadeia produtiva, geradora de emprego e renda. Temos a obrigação de defender todo esse contexto — relata.
Para reduzir o risco de contágio por coronavírus, a entidade quer que as atividades sejam realizadas sem a presença de público. Os locais seriam acessados apenas por competidores, criadores e equipes de apoio. O acesso seria liberado somente após aferição da temperatura e o uso de máscara seria obrigatório. As inscrições dos participantes seriam aceitas apenas antecipadamente, os acampamentos teriam distância mínima de cinco metros.
Pela proposta, os eventos seguiriam todas as regras dos decretos municipais, a partir das bandeiras vigentes. A realização em bandeira vermelha, mesmo com flexibilização das regras a partir do decreto de cogestão entre Estado e prefeituras, não estaria liberada automaticamente.
— Não queremos trabalhar com a insegurança das pessoas. A gente montou uma sugestão de protocolo bem moderado em comparação com as nossas atividades normais — pontua Pacheco.
A secretaria encaminhou o ofício recebido ao Gabinete de Gerenciamento de Crise Covid-19, que centraliza as decisões do governo gaúcho em temas relacionados à pandemia. O órgão ainda não se posicionou.