Além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina também teve registro de vendaval, com fortes rajadas de vento em grande parte do Estado, conforme a Somar Meteorologia. De acordo com o NSC Total, o temporal causou três mortes no Estado vizinho.
Um dos óbitos ocorreu em Chapecó, onde ventos atingiram 108 km/h e derrubaram árvores. Uma senhora de 78 anos morreu após ser atingida por uma árvore perto do aeroporto da cidade. Outra morte foi a de um homem, após ser atingido pela fiação da rede elétrica, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis.
A terceira vítima ocorreu em Tijucas, no Litoral, em um imóvel com parte da estrutura colapsada. Ainda segundo o NSC Total, a Defesa Civil registrou destelhamentos em locais como Descanso, Santa Helena, São Domingos, Jaborá e Xanxerê.Conforme a Somar, o vendaval começou na região Oeste e avançou pelo Estado catarinense.
Em Florianópolis, os ventos atingiram mais de 90 km/h, e houve queda de árvores. Segundo o NSC, o telhado de um prédio foi carregado pelo vento em Jurerê. Em Indaial foram registrados ventos de 121 km/h e 19 mm de volume de chuva.Entre os locais com maior volume de chuva, estão a Praia Grande e São João do Sul, ambos com 90 mm.
O fenômeno
Os temporais associados às fortes rajadas de vento que atingem o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (30) são causados, segundo meteorologistas, por um fenômeno chamado de ciclone-bomba. Trata-se de uma espécie de ciclone extratropical — ou seja, formado em latitudes médias, distante dos trópicos —, mas ainda mais intenso. O ciclone-bomba armou-se de maneira muito rápida sobre o sul do país, entre segunda (29) e terça-feira. A previsão indica que o fenômeno irá se afastar para o oceano a partir de quarta-feira (1º). Por isso, volumes de chuva bastante expressivos e vento acima de 100 km/h são esperados para as próximas horas em todos os municípios gaúchos, especialmente naqueles situados mais ao Leste.