O governo de São Paulo pretende vetar o acesso a passageiros do metrô, dos trens urbanos e dos ônibus metropolitanos que estiverem sem máscara, a fim de evitar a disseminação do coronavírus.
Antes disso, porém, pretende distribuir por sete dias máscaras gratuitamente a todos os passageiros do sistema.
Ainda não há data determinada para quando começará a fiscalização e a distribuição, e o governo busca parcerias com empresas para conseguir os equipamentos de proteção, segundo afirmou o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
"Estamos buscando viabilidade para implementar esta medida nos próximos dias. Todo meu esforço está focado em conseguirmos o mais rápido possível", escreveu em rede social.
Outras cidades como Nova York tomaram medidas similares.
A principal maneira de dificultar o espalhamento do vírus, segundo órgãos de saúde, é evitando aglomerações e garantindo uma distância mínima entre as pessoas.
Durante a crise e a quarentena imposta pelo governo do Estado, no entanto, os serviços de transporte não pararam. Com escolas fechadas e parte da população trabalhando de casa, houve queda na demanda de passageiros, e, por isso, o governo também reduziu a oferta de veículos. Com isso, se tornaram comuns cenas e queixas de vagões lotados em horários de pico.
O volume de pessoas nas ruas tem voltado a crescer nas últimas semanas, no entanto. O índice de isolamento em São Paulo ficou em 48% na última semana, de acordo com monitoramento do governo, e os sistemas de transporte têm se enchido de novo.
O governo reforçou a limpeza nos vagões, ao fim das viagens, focando nos locais onde os passageiros mais tocam com as mãos, como os balaústres. A principal medida para evitar a contaminação, no entanto, continua sendo evitar a aproximação com outros passageiros e higienizar as mãos sempre que possível.
Até esta segunda (27), pelo menos 21,7 mil pessoas em São Paulo foram infectadas e 1.825 morreram com a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.