A adolescente que deixou o corpo de um recém-nascido na lixeira de um hospital em Canoas, na Região Metropolitana, afirmou à Polícia Civil que o bebê nasceu sem vida na quarta-feira (1º). Em depoimento, ela negou ainda ter tomado medicação para induzir um aborto e afirmou ter se desesperado com o nascimento do filho.
A menina de 15 anos foi ouvida de forma preliminar nesta quinta-feira (2) pela Polícia Civil. Um novo depoimento deve ocorrer na segunda-feira (6). O nome dela não é divulgado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Na quarta, a adolescente teria sentido contrações e procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão, em Canoas. Enquanto aguardava atendimento, foi ao banheiro da unidade, onde teve o bebê, que foi colocado na lixeira. Uma enfermeira encontrou a criança logo depois. A adolescente fugiu do local.
Conforme o delegado Pablo Rocha, titular da Delegacia de Criança e Adolescente da cidade, a polícia aguarda o trabalho da perícia para comprovar a versão da adolescente.
Horas depois do caso, ainda na quarta, ela foi internada em outra instituição de saúde, devido a perda de sangue. A menina afirmou ainda que acreditava estar com cinco meses de gravidez. Para o hospital, ela estaria no oitavo mês.