O posto de criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Maria fará, às 15h desta segunda-feira (23), uma perícia em um apartamento incendiado no dia 18 de dezembro em Restinga Seca. No caso, uma mulher e uma criança ficaram feridas. A mulher de 31 anos teve 40% do corpo queimado e o filho dela, de 7 anos, também sofreu queimaduras nos pés. Ela segue internada em estado grave na UTI do Hospital do Universitário de Santa Maria (Husm) e ainda aguarda um leito no Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. A criança já recebeu alta.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Elizabeth Shimomura, com base em depoimentos de testemunhas e também da análise de imagens de câmeras de segurança do prédio, a principal linha de investigação é de que tenha sido um incêndio acidental. Contudo, no momento, nenhuma hipótese é descartada. Por isso, ela destaca a importância da perícia:
— Extraoficialmente familiares que estiveram com a vítima nos informaram que havia uma árvore de natal ligada e provavelmente ali teria sido o foco. Mas, é claro que não descartamos qualquer possibilidade de incêndio criminoso também. Verificamos as câmeras de monitoramento do prédio, foram analisadas todas as imagens que antecederam o fato, cerca de 40 minutos antes, e não tem nenhuma movimentação de pessoas estranhas. Tudo indica que é incêndio acidental.
Conforme Shimomura, não há previsão para conclusão do inquérito já que ela espera a melhora da vítima para poder ouvi-la em depoimento. Além disso, também será necessário aguardar o resultado da perícia.
— Todas as diligências foram feitas para não descartar nenhuma possibilidade. Por isso, a perícia vai verificar o foco do incêndio, se foi criminoso ou não, se tem algum material explosivo —, acrescentou a delegada.
Incêndio
O incêndio aconteceu por volta da 1h30min do último dia 18. O Corpo de Bombeiros de Restinga Sêca foi chamado para controlar as chamas mas, um pouco antes, vizinhos já haviam ajudado a mulher e a criança a saírem do local. O apartamento, que fica no terceiro andar de um prédio no centro da cidade, ficou praticamente destruído. As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas ao Husm.
Os bombeiros levaram aproximadamente uma hora e precisaram usar cerca de 2 mil litros de água entre o controle do fogo e o chamado rescaldo, que é até a garantia de que não há mais nenhum risco de o fogo retornar. Ainda não se sabe como começou e o que provocou o incêndio.