Os bombeiros realizam neste domingo (3) o décimo dia de buscas por vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), que ocorreu no último dia 25.
De acordo com balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, 395 pessoas foram localizadas pelas equipes de buscas, 226 continuam desaparecidas e 121 morreram.
Cerca de 200 bombeiros participam das buscas diariamente. Desde o rompimento da barragem, no dia 25 de janeiro, mais de 1 mil militares se envolveram nos trabalhos, incluindo tropas de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Maranhão, Santa Catarina, além de uma equipe de 136 militares do exército de Israel. Segundo já adiantou o Corpo de Bombeiros Militar do Estado, não há como prever uma data de encerramento das buscas por vítimas.
No sábado (2), a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai cobrar da Vale os custos das operações do resgate. Segundo a AGU, todo o gasto que o governo federal tiver por conta do desastre é passível de cobrança judicial.
"Toda a mobilização do Exército, da Defesa Civil, dos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, isso vai ser computado e vai ser passível de cobrança judicial por parte da União, das autarquias e fundações em relação à empresa Vale", garantiu a AGU.
A mineradora Vale, responsável pela barragem, instalou nesse sábado (2) a primeira membrana no Rio Paraopeba. Conforme a empresa, a barreira foi colocada próximo à captação de água da cidade de Pará de Minas, a cerca de 40 quilômetros de Brumadinho. O sistema de captação de Pará de Minas será protegido por três barreiras de retenção. Outras duas devem ser instaladas ainda neste domingo.